Indonesia retira a su embajador luego de que Dilma rechazara sus credenciales

Indonesia retiró a su embajador de Brasil luego de que el Gobierno de la presidenta Dilma Rousseff postergara la ceremonia de entrega de cartas credenciales en protesta por la ejecución de un ciudadano brasileño en el país asiático que fue condenado por tráfico de drogas.

Toto Riyanto, designado embajador en Brasil en octubre por el gobierno de Indonesia, fue invitado a presentar sus cartas credenciales en Brasilia pero luego fue informado que la ceremonia se postergaría, indicó el sábado el Ministerio de Relaciones Exteriores indonesio, reportaron agencias internacionales.

Yakarta dijo que la manera en la que a cancillería de Brasil informó sobre la postergación era inaceptable debido a que el embajador designado ya estaba en la sede del gobierno.

Indonesia, también, convocó al embajador de Brasil en Yakarta para expresarle su protesta.

“Como un Estado soberano democrático con su propia soberanía, sistema judicial independiente e imparcial, ningún país extranjero o parte puede o debe interferir en la implementación de las leyes de Indonesia en su jurisdicción, incluyendo la aplicación de las leyes para combatir el tráfico de drogas”, dijo el comunicado del gobierno indonesio, que negó pedidos de clemencia para evitar la ejecución de ciudadanos europeos, brasileños y australianos.

Brasil 247

Governo da Indonésia entrega nota de protesto a embaixador brasileiro

O Itamaraty confirmou neste sábado (21) que o embaixador brasileiro em Jacarta, Paulo Soares, recebeu uma nota de protesto do Ministério das Relações Exteriores da Indonésia pelo fato de a presidente Dilma Rousseff ter se recusado a receber as credenciais do novo embaixador indonésio no Brasil, Toto Riyanto.

Soares recebeu a nota em mãos na noite de sexta-feira (20) ao ser convocado para uma reunião na chancelaria do país asiático. A assessoria de comunicação do Itamaraty não divulgou o teor da carta.

O governo da Indonésia já chamou Riyanto de volta ao país. O diplomata só foi comunicado da decisão quando já estava no Palácio do Planalto para participar da cerimônia.

Na avaliação do Ministério das Relações Exteriores da Indonésia, o ato do governo brasileiro foi “hostil” e “abrupto”. Em nota divulgada na sexta, a pasta informou que iria chamar o embaixador brasileiro “para transmitir o mais forte possível os protestos para a hostil ação do governo do Brasil [de não receber as credenciais]”.

O recebimento das credenciais dos embaixadores pelo presidente da República é uma formalidade que marca oficialmente o começo das atividades dos diplomatas. Na prática, com o ato, o presidente passa a reconhecer que o embaixador representa o Estado no Brasil.

Segundo a presidente Dilma, o governo brasileiro decidiu “atrasar” o recebimento da documentação do embaixador. Ela destacou que, antes de autorizar a atuação do diplomata, quer ter clareza sobre a situação das relações diplomáticas entre as duas nações.

Em janeiro, a execução do brasileiro Marco Archer por tráfico de drogas pelo governo indonésio gerou um mal-estar diplomático entre Brasília e Jacarta. O governo chegou a pedir clemência para Archer, mas não foi atendido. Outro brasileiro, Rodrigo Gularte, também foi condenado e deve ser fuzilado.

A crise
No mesmo dia em que Archer foi executado, Dilma divulgou nota oficial na qual se disse “consternada e indignada” com a decisão do governo da Indonésia e anunciou que havia decidido chamar o embaixador brasileiro em Jacarta para “consultas”. Na linguagem diplomática, chamar um embaixador para consultas representa uma espécie de agravo ao país no qual está o embaixador.

Um dia antes da execução de Archer, o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que o fato de o governo indonésio não aceitar os pedidos de clemência criaria “sombra” nas relações diplomáticas entre os países. Dilma havia apelado pessoalmente ao colega da Indonésia para tentar evitar a execução.

G1

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