Brasil: nuevo ministro de Economía asume hoy y adelanta que mantendrá el ajuste fiscal

Nelson Barbosa toma posse hoje no Ministério da Fazenda

Toma posse na tarde desta segunda-feira (21) o novo ministro da Fazenda Nelson Barbosa, ex-chefe da pasta de Planejamento. Ele substitui Joaquim Levy e tem como principal objetivo convencer o mercado que o ajuste fiscal vai ser mantido, como mostrou o Hora 1.

No fim de semana, ele participou de uma série de encontros em Brasília para adiantar o processo de transição tanto dele na Fazenda quanto o do Planejamento, pasta chefiada por ele que será assumida por Valdir Simão na mesma cerimônia na tarde desta segunda.

Nelson Barbosa também se debruçou sobre números e teve como foco principal resolver o problema de como o governo vai pagar a dívida de R$ 57 bilhões com os bancos públicos, as chamadas ‘pedaladas fiscais’ do governo, que é o atraso nos repasses para os bancos públicos pagarem os programas sociais.

Outro desafio de Nelson Barbosa é acalmar o mercado financeiro que recebeu mal o anúncio do nome dele para substituir o de Levy. Nesta segunda-feira ele pretende conversar com investidores internacionais para dizer que a estratégia da política fiscal será mantida. Esse, inclusive, deve ser o tom do discurso de posse.

Em uma entrevista coletiva depois do anúncio, Barbosa disse que o maior desafio da economia brasileira é o fiscal (as contas do governo). Ele explicou que o foco de sua gestão será interromper o ciclo de queda da atividade econômica do país, além de promover a estabilidade e, depois, a “recuperação” dos investimentos no país.

Barbosa ressaltou na ocasião que o governo tem “compromisso” com “a estabilidade e o reequilíbrio fiscal. E disse que vai trabalhar para “melhorar o ambiente de negócios” e, assim, acelerar a retomada do crescimento econômico. “O compromisso com a estabilidade fiscal se mantém o mesmo”, afirmou.

“Se cada um fizer a sua parte, e nós do governo estamos fazendo a nossa parte, vamos conseguir superar os desafios muito mais rapidamente do que as pessoas esperam”, acrescentou.

Perfil

Homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, Barbosa assume a chefia da área econômica do governo após discordar de Levy e se impor nos embates sobre as medidas para reestabelecer o reequilíbrio da dívida pública, sobretudo no que diz respeito ao nível da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida).

Economista de formação e com um perfil mais técnico do que político, Barbosa é visto como uma pessoa de grande afinidade com a presidente, embora seja encarado pelo mercado como “desenvolvimentista”, uma vez que ao longo do ano conseguiu convencer a presidente Dilma de medidas e metas menos dolorosas do que as que eram propostas pelo colega Levy.

Barbosa assume a Fazenda com o desafio de manter o esforço pela reorganização das contas públicas e de resgatar a confiança na retomada do crescimento da economia diante do quadro de profunda recessão, inflação de volta à casa dos dois dígitos e com o país tendo perdido o selo de bom pagador por duas agências de classificação de risco.

Desde o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa vem ocupando diferentes cargos do poder. Entrou no governo em 2003, no Ministério do Planejamento, permanecendo no governo até 2013, quando deixou a Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda após rusgas com Mantega e o ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

Na Fazenda, Barbosa já ocupou três secretarias: de Acompanhamento Econômico (2007-2008), de Política Econômica (2008-2010) e Executiva (2011-2013), quando o ministro era Guido Mantega. Antes disso, também ocupou cargos no Ministério do Planejamento e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na sua passagem anterior na Fazenda, foi responsável, além de negociar a reforma tributária, pelos estudos de medidas para aumentar o nível de atividade e os investimentos, como as desonerações tributárias implementadas pelo governo. Barbosa é apontado também como um dos mentores da chamada, representada por expansão fiscal, tentativa redução forçada de juros e maior controle do câmbio.

O Globo

Nuevo ministro de Hacienda: política fiscal mantendrá dirección

La presidenta Dilma Rousseff definió en la tarde del viernes que Nelson Barbosa, actual ministro de Planificación, asumirá el cargo de jefe de Hacienda, reemplazando a Joaquim Levy.

A lo largo de 2015, Barbosa y Levy tuvieron serias divergencias, debido a la defensa por parte del ministro de Planificación de un ajuste fiscal más leve que permitiera una recuperación de la economía.

El viernes el ministro jefe de la Casa Civil, Jaques Wagner, dijo que la responsable por la política económica del gobierno es la presidenta Dilma Rousseff.

Barbosa será reemplazado en Planificación por Valdir Simao, quien estaba a cargo de la Contraloría General de la Unión.

Dilma agradeció a Levy su “dedicación” e indicó que tuvo un “papel fundamental” en el enfrentamiento de la crisis económica.

En su primera conferencia de prensa, Barbosa dijo el viernes que “la política fiscal y económica continúa en la misma dirección” y que “vamos a continuar trabajando en busca del reequilibrio fiscal, para controlar el crecimiento de la deuda pública y controlar la inflación”.

El funcionario también minimizó las reacciones negativas a su nombre. Agregó que el gobierno tomará todas las medidas necesarias para alcanzar una meta de ahorro presupuestario de 0,5 por ciento del PIB.

El nuevo ministro designado de Hacienda tiene 46 años. Nació en Río de Janeiro en 1969. Se graduó en economía en la Universidad Federal de Río de Janeiro (UFRJ), en 1992. Terminó una maestría en la misma Universidad en 1995 y un doctorado en la New School of Social Research, en 2001.

Barbosa ejerció diversos cargos académicos y en la administración pública federal. Fue profesor adjunto de matemática y econometría en la New School University entre 1999 y 2002. Integró además los cuadros del Saint Francis College, también en Nueva York, como profesor asistente entre 2000 y 2001. A partir de 2002 se convirtió en profesor adjunto del Instituto de Economía de la UFRJ.

En el gobierno federal, Barbosa fue analista del Banco Central (1994 a 1997) y jefe adjunto de la Asesoría Económica del Ministerio de Planificación (2003). Entre 2005 y 2006 asumió el cargo de asesor de la presidencia del Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social, BNDES.

Ocupó diferentes cargos en el Ministerio de Hacienda: fue secretario adjunto de Política Macroeconómica y Análisis de Coyuntura (2006-2007), secretario de Seguimiento Económico (2007) y secretario de Política Económica (2008-2010).

En 2011 fue nombrado por Dilma secretario ejecutivo (viceministro) del Ministerio de Hacienda, cargo que ocupó hasta 2012.

Barbosa también fue presidente del consejo del Banco do Brasil (2009 a 2013) e integró el Consejo de Administración de Vale (2011 a 2013).

En los últimos meses se desempeñó como profesor de la Escuela de Economía de Sao Paulo (FGV-EESP), profesor adjunto del Instituto de Economía (IE/UFRJ), investigador del Instituto Brasileiño de Economía (IBRE/FGV) y miembro de los consejos de administración de Cetip y del Banco Regional de Brasília (BRB).

Brasil 247

Após saída de Levy, governo nega fim do ajuste fiscal e insistirá em CPMF

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que a saída de Joaquim Levy do ministério da Fazenda não significa o fim do ajuste fiscal.

Segundo ele, o governo vai insistir na aprovação da proposta que recria a Contribuição sobre Movimentação Financeira, a CPMF, enviada ao Congresso Nacional.

De acordo com Wagner, o governo não vai desistir de concluir a votação das medidas que estão sendo analisadas no Congresso.

A avaliação de integrantes governo é de que, embora Barbosa tenha um estilo diferente de Levy, não haverá nenhuma “aventura na política econômica” praticada até o momento pelo Planalto.

Jaques Wagner repercutiu, por meio de sua assessoria de imprensa, o anúncio feito há pouco pelo Palácio do Planalto pela troca de Levy por Nelson Barbosa.

O chefe da Casa Civil, que compõe a Junta Orçamentária do governo, prometeu trabalhar como um “vigia rigoroso” no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.

EBC

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