Sin Lula, inician los debates presidenciales con mira a las elecciones de octubre

Contexto de Nodal
Lula fue condenado a 12 años y un mes por corrupción pasiva y lavado de dinero en el marco de la causa Lava Jato y desde el 7 de abril está preso por orden del juez Sergio Moro. Se lo acusa de haber recibido un departamento en el balneario paulista de Guarujá en carácter de soborno por parte de la constructora OAS. Lula denuncia falta de pruebas y persecución política. Se prevé que en agosto el Tribunal Electoral defina si Lula –favorito en las encuestas- podrá competir en las elecciones presidenciales de octubre.

Debate con silla vacía

Los candidatos a la presidencia de Brasil inician hoy los debates televisivos, con la ausencia de Luis Ignacio Lula da Silva. Ocho de los trece candidatos presidenciales en las elecciones que se celebrarán el 7 de octubre en Brasil, participan en el primer debate en televisión, organizado por la red Bandeirantes. El evento no contará con la presencia del ex mandatario, candidato por el Partido de los Trabajadores (PT), por determinación de una jueza que rehusó un pedido para que Lula comparezca por videoconferencia desde la celda de Curitiba, donde está preso desde el pasado siete de abril. El exmandatario, pese a que está inhabilitado por haber sido condenado a 12 años y un mes por el juez Moro, lidera las encuestas, con un 30 por ciento de intención de voto, además, según los sondeos, vencería en una segunda vuelta a cualquiera de sus adversarios.

Los que confirmaron presencia en el debate televisivo fueron el ultraderechista Jair Bolsonaro, candidato por el Partido Social Liberal (PSL) y que sale segundo en los sondeos; y los cuatro que lo escoltan de cerca: Ciro Gomes (Partido Democrático Laborista, PDT), Marina Silva (Rede Sustentabilidade), Geraldo Alckmin (Partido de la Social Democracia Brasileña, PSDB) y Henrique Meirelles (Movimiento Democrático Brasileño, PMDB). También estarán en el debate tres aspirantes de partidos que tienen menos del 2 % de intención de voto: Alvaro Días, candidato por el partido Podemos; Cabo Daciolo (Patriotas) y el activista de movimientos sociales Guilherme Boulos (Partido Socialismo y Libertad, Psol).

Según los organizadores, el PT no contará con ningún representante porque se trata de un debate entre aspirantes a la Presidencia y no entre sus portavoces o compañeros de fórmula, por lo que el exministro Fernando Haddad, escogido como candidato a la vicepresidencia por el partido, quedó excluido del evento. Los candidatos invitados responderán la preguntas de ciudadanos, periodistas y de sus adversarios, en la sede de la red Bandeirantes, en San Pablo, hoy a partir de las 22 horas (21 hora local).

El debate, moderado por el periodista Ricardo Boechat, se centrará en los temas “actuales” de Brasil, como salud, educación, seguridad pública y economía, según informó la agencia, sin dar más precisiones. Este primer debate será realizado en el marco de las elecciones presidenciales más imprevisibles desde que Brasil recuperó su democracia en 1985. A solo dos meses de la realización de los comicios, según el último sondeo, el 31 por ciento de los electores brasileños afirmó que votaría en blanco o anularía su voto y un 28 por ciento afirmó que aún no sabe por cuál candidato va a votar. Después del de debate organizado por Bandeirantes, se realizarán ocho debates más con los principales candidatos a la presidencia. El próximo está previsto para el 17 de agosto y está organizado por la red RedeTV! Los debates, junto con el tiempo de propaganda gratuita de radio y televisión, que gozarán a partir del 31 de agosto, y los fondos electorales que se distribuyen según el tamaño de los partidos o las coaliciones, son fundamentales para el desempeño de los candidatos.

Página 12


Debate sem Lula dará início às eleições mais indefinidas do Brasil

O primeiro debate televisionado entre candidatos às eleições presidenciais de outubro será realizado na quinta-feira com a ausência do favorito nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril, em uma demonstração das singularidades de um pleito marcado tanto pela polarização quanto pelo desinteresse.

Treze candidatos foram designados nas convenções partidárias que terminaram neste fim de semana para disputar em 7 de outubro (com eventual segundo turno no dia 28) a sucessão do presidente Michel Temer.

Sua missão será despertar certo entusiasmo depois de um mandato marcado pelos escândalos de corrupção, a crise econômica e o impeachment em 2016 da presidente Dilma Rousseff, acusada de manipular as contas públicas.

Oito dos treze candidatos vão participar do debate na TV Bandeirantes, em São Paulo. Quatro ficaram de fora por não dispor de bancadas de pelo menos cinco legisladores.

Lula, por sua vez, não poderá estar presente por determinação da juíza Bianca Arenhart, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que indeferiu um pedido para que o ex-presidente (2003-2010) participasse por videoconferência de sua cela na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde cumpre desde abril pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

– Cadeira vazia –

A Band não respondeu até o momento ao pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) para que a ausência de seu líder histórico no cenário seja marcada por uma cadeira vazia ou que ele possa delegar sua participação a seu candidato a vice-presidente, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

A candidatura de Lula será muito provavelmente invalidada, visto que a Lei da Ficha Limpa determina que um condenado em segunda instância, como é seu caso, está impossibilitado de disputar cargos eletivos.

Mas o PT prevê inscrever sua candidatura em 15 de agosto, último dia do prazo legal, em um contexto de mobilizações populares.

Os participantes serão, então, o ultradireitista Jair Bolsonaro (PSL), a ambientalista Marina Silva (Rede), o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB, centro-direita), o centro-esquerdista Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista (PDT); o ex-banqueiro Henrique Meirelles (MDB); o esquerdista Guilherme Boulos (PSOL), Álvaro Dias (Podemos, centro) e Cabo Daciolo (Patriota, direita).

Os debates, juntamente com o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão, a partir del 31 de agosto, e os fundos eleitorais que são distribuídos segundo o tamanho dos partidos ou das coalizões, são chave para o desempenho dos candidatos.

Os financiamentos empresariais estão proibidos e os aportes pessoais, limitados, devido à legislação aprovada como resposta aos escândalos que nos últimos anos sacudiram as bases da democracia nacional, como o gigantesco esquema investigado pela Operação ‘Lava Jato’, que desvendou a rede de propinas montada no âmbito da Petrobras.

Nas eleições de outubro também serão eleitos 27 governadores, 513 deputados e dois terços dos 81 senadores.

– Muito pessimismo –

Uma pesquisa de opinião, divulgada na terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que 45% dos eleitores se declaram “pessimistas ou muito pessimistas” com relação às eleições e que 33% votarão em branco.

Outras duas consultas mostram que de 33% a 41% dos eleitores estão tentados a se abster de votar, apesar da obrigatoriedade.

A crise e as intrigas corroeram nos últimos tempos a hegemonia das forças que dominaram as disputas políticas nos últimos 24 anos, o PT de Lula e o PSDB de Alckmin, com o apoio do MDB de Temer, imprescindível para formar maiorias no Congresso.

Mas em seu lugar, “ao contrário do que acontece em outros países, não apareceram no Brasil lideranças novas que pudessem surfar a onda do descontentamento popular”, explica à AFP o cientista político Matias Spektor. “O sistema político brasileiro segue gerando muita frustração”, acrescenta.

Para Thiago Vidal, cientista político da consultoria Prospectiva, Bolsonaro e Marina Silva – que, na ausência de Lula, lideram as pesquisas de intenção de voto – capitalizam o descontentamento, com discursos “muito voltados para a insatisfação social com questões socioeconômicas, notadamente a corrupção e [no caso de Bolsonaro] a violência nos grandes centros urbanos”.

Capitão do Exército na reserva, Bolsonaro (PSL), a quem as pesquisas atribuem até agora presença no segundo turno, é um saudosista do período da ditadura militar (1964-1985).

A dois meses das eleições, William Santana, gerente comercial de 32 anos, ainda não decidiu se vai votar.

“Estou avaliando quem seria o menos pior para o país. A gente precisa ver uma mudança, de alguém que nos dê uma luz, que pelo menos faça o básico: cortar urgentemente essa corrupção que acabou virando uma coisa cultural”, explica à AFP em uma rua de Brasília.

Jornal do Brasil


PT recorre à Justiça a pedir participação de Lula da Silva em debate

O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou, esta quarta-feira, com um recurso no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) pedindo que o seu candidato Lula da Silva seja autorizado a participar num debate que reunirá os candidatos à Presidência do Brasil.

Como Lula da Silva está preso desde o passado dia 7 de abril, o PT solicitou ao TRF4 uma autorização para que o ex-Presidente brasileiro vá ao local do debate, participe por videoconferência ou tenha direito a interagir com o público e seus adversários através de vídeos gravados.

O primeiro debate com candidatos presidenciais é organizado pela rede de televisão Bandeirantes e realiza-se nesta quinta-feira em São Paulo.Está prevista a participação dos candidatos Álvaro Dias, Cabo Daciolo, Ciro Gomes, Henrique Meirelles, Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin, Guilherme Boulos e Marina Silva.

Além deste recurso sobre o debate, os advogados de Lula da Silva receberam a informação de que o juiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido deles para anular o julgamento de uma ação que solicitava a liberdade do ex-Presidente.

Os advogados tinham solicitado a liberdade de Lula da Silva até que fossem julgados em tribunais superiores os seus recursos contra a condenação num processo da operação Lava Jato, mas decidiram recuar porque a análise do pedido poderia atrapalhar as pretensões eleitorais do seu cliente.

Segundo a lei brasileira, uma pessoa condenada em duas instâncias da Justiça não pode participar em eleições.No entanto, este tipo de candidatura é barrada apenas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após os partidos pedirem o registo dos candidatos supostamente impedidos.

O prazo para o registo de candidaturas às próximas eleições no Brasil é 15 de agosto e o TSE só poderá julgar a validade da candidatura de Lula da Silva a partir daquele dia.

No entanto, se o STF se tivesse pronunciado sobre a libertação do ex-Presidente, cujo argumento central é a sua participação nas eleições, e decidisse que ele já está inelegível, valeria de imediato o entendimento deste tribunal, que é a instância máxima da Justiça do Brasil.

Sic Noticias


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