Brasil: 84 personas muertas y 276 desaparecidas por el colapso del dique minero

Tragedia minera en Brasil: sube a 84 el número de muertos tras el colapso de un dique en Minas Gerais

El número de muertos del accidente minero del viernes pasado en el sudeste de Brasil subió de 65 a 84, informaron el martes fuentes oficiales, que indicaron que aún había 276 personas desaparecidas (frente a 288 en el balance anterior).

“Tenemos en este momento 276 desaparecidos, 84 muertos, 42 cuerpos identificados”, dijo el teniente coronel de la Defensa Civil de Minas Gerais Flávio Godinho.

Las autoridades precisaron además que el número de localizados es de 391 y que desde el sábado no se han rescatado personas con vida.

El viernes, la rotura de un dique de residuos mineros de la brasileña Vale en la mina Córrego do Feijao, en el municipio de Brumadinho, provocó una inmensa marea de lodo que arrasó parte esa zona del sudeste de Brasil.

En los próximos días, “la posibilidad de encontrar personas vivas es muy pequeña”, declaró el portavoz del Cuerpo de Bomberos de Minas Giras, el teniente Pedro Aihara.

En el quinto de día de intensa búsqueda, los trabajos se alargarán hasta las 21:00 (23:00 GMT) y serán retomadas a las 04:00 del miércoles.

Desde que se desató la catástrofe, Vale ha sido blanco de una ofensiva judicial, con cuantiosas multas y millonarios bloqueos de cuentas.

Este martes, la policía detuvo a cinco ingenieros, tres de ellos funcionarios de Vale, responsables por la autorización de la mina.

Fueron detenidos también dos ingenieros de la alemana TÜV SÜD, que en septiembre de 2018 garantizó la estabilidad del dique.

Infobae


Chega a 84 o número de mortos em Brumadinho, que tem ainda 276 desaparecidos

Subiu para 84 o número de mortos em razão do rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG), ocorrido na última sexta-feira (28) . O novo balanço foi divulgado no início da noite desta terça-feira (29) pelas autoridades envolvidas nos trabalhos de buscas na região. Ainda há 276 pessoas desaparecidas e ninguém foi encontrado com vida ao longo desta terça. Os trabalhos de busca neste quinto dia seguido de operações da força-tarefa do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, equipes da própria Vale e voluntários pode se estender até às 21h.

Desde que os trabalhos de resgate tiveram início, 390 vítimas foram localizadas e 192 pessoas, resgatadas com vida – a última delas, na manhã de sábado. Dentre os 84 corpos já retirados da lama que tomou Brumadinho , 42 foram identificados pelo Instituto Médico Legal (IML), conforme informou o coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais, Tenente Coronel Flávio Godinho.

As equipes de resgate que atuam na busca por sobreviventes após o rompimento da barragem amanheceram nesta terça-feira (29) focados no local onde havia um refeitório da Vale e no ônibus que levava funcionários da empresa.

Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, foram encerradas as buscas no local onde estaria o ônibus, lá foram encontrados três corpos. Também foram resgatados dois corpos de vítimas que estavam no refeitório. Ele disse que chegaram a esta conclusão porque, nessa região, foram encontrados botijões de gás e mobiliário do refeitório.

Amanhã, os trabalhos de resgate deverão começar por volta das 4h da manhã. O tenente também garantiu em entrevista coletiva nesta manhã que a barragem está estável. Ele relatou as dificuldades na operação na região onde foi encontrado um ônibus com pessoas mortas. O tenente ainda afirmou que os equipamentos trazidos pelo exército de Israel têm se mostrado efetivos para a equipe de resgate.

Ontem, as buscas já haviam sido feitas na região do refeitório, mas o dia foi encerrado sem localizar nenhum sobrevivente. Nesta segunda-feira (28), subiu para 65 o  número de mortos na tragédia em Brumadinho. O novo balanço revela também que ainda há 279 pessoas desaparecidas.

Ninguém foi encontrado com vida desde o último sábado, pelas operações da força-tarefa do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, equipes da própria Vale e voluntários.

A mineradora Vale , responsável pela barragem que armazenava rejeitos da mina do Córrego do Feijão , anunciou nesta segunda-feira que fará doação de R$ 100 mil às famílias de cada uma das vítimas da tragédia – que, em termos humanos, já é quase quatro vezes maior que a de Mariana (MG), ocorrida no fim de 2015 e que deixou 19 mortos.

De acordo com o tenente-coronel Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais , o número de vítimas ainda pode aumentar. Aihara não descartou a possibilidade de que as equipes voltem a encontrar pessoas vivas, mas ressaltou que isso é cada vez mais improvável.

“Nós compreendemos a angústia dos parentes. Mas cabe a nós trabalhar com esperança. Evidentemente, isso é um pouco difícil de acontecer”, declarou.

O bombeiro exaltou a colaboração da equipe de especialistas enviada por Israel , que já começou a atuar em conjunto com a força-tarefa brasileira nesta segunda-feira. Aihara explicou que os radares e demais equipamentos trazidos pelos israelenses ainda não foram utilizados por conta das particularidades do terreno enlameado, mas mostrou-se otimista quanto à sua serventia.

“Os equipamentos oferecem sim recursos necessários, mas é necessário algumas adaptações porque eles são usados em uma topografia diferente, sólida. Aqui, eles ainda não foram utilizados porque ainda estamos estudando como a gente vai fazer isso. A cooperação com Israel tem sido extremamente efetiva. Todo esse aparato tecnológico, provavelmente será muito benéfico”, disse.

De acordo com Aihara, a previsão é de que o trabalho de resgate das vítimas em Brumadinho  concluído num prazo entre 10 e 15 dias.

Último Segundo


Polícia prende engenheiros que atestaram segurança da barragem em Brumadinho e gerentes da Vale

Cinco pessoas foram presas nesta terça-feira por ligação com a tragédia deBrumadinho (MG). Em São Paulo, a polícia deteve dois engenheiros da TÜV SÜD, prestadora de serviço da Vale que atestou a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão no fim do ano passado. Em Minas Gerais, a operação prendeu um geólogo e dois gerentes da Vale responsáveis pela administração da obra e pelo licenciamento ambiental.

Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em São Paulo e Minas. Um dos endereços visitados pela polícia foi o escritório da empresa alemã TÜV SÜD na capital paulista .

Todos os mandados de prisão valem por 30 dias e foram expedidos pela juíza Perla Saliba Brito, da comarca de Brumadinho, a pedido do Ministério Público Estadual. O desastre causou 65 mortes e deixou 279 desaparecidos, segundo boletim da Defesa Civil de Minas , divulgado na noite desta segunda-feira. As buscas por mais vítimas da tragédia recomeçaram na manhã desta terça-feira.

Os dois engenheiros presos em São Paulo são Makoto Namba e André Yum Yassuda. Eles assinaram laudos feitos pela TÜV SÜD em junho e setembro de 2018 garantindo que a barragem que rompeu na última sexta-feira estava em segurança. Em Minas Gerais, foi preso o geólogo da Vale César Augusto Paulino Grandshamp, que também atuou nos relatórios da empresa alemã.

“A tragédia demonstrou não corresponder o teor desses documentos com a verdade, não sendo crível que barragens de tal monta, geridas por uma das maiores mineradoras mundiais, se rompam repentinamente, sem dar qualquer indício de vulnerabilidade”, afirmou a juíza Perla, no despacho que autorizou as prisões.

Outros dois alvos da operação detidos em Minas Gerais são gerentes do Complexo Minerário Paraopeba, do qual faz parte a barragem da Mina do Feijão: Ricardo Oliveira, gerente de meio ambiente, saúde e segurança; e Rodrigo Arthur Gomes de Melo, gerente executivo operacional.

Os dois são responsáveis pelo licenciamento e funcionamento das estruturas, incluindo “o monitoramento das barragens que se romperam”, segundo a juíza. De acordo com o  despacho, a prisão é “imprescindível para a elucidação dos fatos e apuração da prática, em tese, de homicídio qualificado, além dos crimes ambientais e de falsidade ideológica.”

Lei prevê que empresa ateste segurança

Para o advogado Marcellus Ferreira Pinto, consultor da Unido, agência de desenvolvimento industrial da ONU, o caso apresenta uma das principais brechas na legislação ambiental, que coloca na mão das empresas boa parte da responsabilidade de atestar a segurança de suas barragens. No caso das mineradoras, esse tipo de inspeção, como a feita pela TÜV SÜD, é equivalente a inspeções particulares feitas em edifícios.

— A empresa que escolhe quem vai executar o serviço, escolhe também qual o método que vai ser utilizado. Pode contratar um escritório de engenharia e pedir para fazer uma inspeção visual. Pode contratar um escritório e pedir uma análise profunda — diz.

Para Ferreira Pinto, o próximo passo da operação deve ser buscar os responsáveis pelas inspeções feitas pelo poder público. Cabe ao governo checar os relatórios e, embora não seja obrigado a fazer vistorias complementares, pode marcá-las.

Para o advogado, não há possibilidade de que os engenheiros, um mês antes do rompimento da barragem, não tenham percebido sinais de que a construção estava sob risco.

— Não é a primeira vez. É uma reincidência. A lei penal tem que ser aplicada com o máximo rigor possível nesse caso para servir de exemplo para quem for atuar nessa área ter consciência de que será penalizado — disse.

Delitos feitos na ‘clandestinidade’

A juíza frisou que a apuração da responsabilidade pela tragédia de Brumadinho é complexa pois alguns delitos foram “perpetrados na clandestinidade”. Por isso, ela determinou, também, a apreensão de celulares para que a polícia possa checar mensagens trocadas entre os cinco detidos.

Os telefones, computadores e outros documentos recolhidos pela polícia devem ser enviados para Minas Gerais ainda nesta terça-feira. Namba e Yassuda deixaram o prédio da Polícia Civil de São Paulo por volta das 10h e pegariam um avião para Belo Horizonte, onde serão ouvidos pelo MP.

Em nota divulgada logo após a operação, a Vale informou que está colaborando “plenamente” com as autoridades e dando apoio “incondicional” às famílias atingidas.

A TÜV SÜD respondeu que “lamenta profundamente o rompimento da barragem”. A empresa diz que fez duas avaliações da obra a pedido da Vale: uma revisão periódica da segurança da barragem (junho de 2018) e uma inspeção regular da segurança da barragem (setembro de 2018). Mas, devido às investigações, não vai se pronunciar neste momento. Ainda segundo o comunicado, a empresa está “colaborando com as autoridades”.

O Globo

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