Brasil: 179 muertes y más de 130 personas desaparecidas a un mes de la catástrofe ambiental de Brumadinho

A 179 sube cifra de muertes a un mes de tragedia minera en Brasil

A 179 subió la cifra de víctimas mortales, al cumplirse hoy un mes del colapso de una represa en el municipio Brumadinho, estado de Minas Gerais (noreste).

El 25 de enero se quebraron los diques de un depósito de residuos minerales, de la empresa Vale, en ese distrito y un vertido de más de 12 millones de metros cúbicos de lodo y barro arrasó con todo lo que encontró a su paso.

Un reporte actualizado de las autoridades regionales indica que, junto al número de muertes, confirmadas por el Instituto de Medicina Legal, se registran 131 personas desaparecidas. La mayoría de las víctimas eran trabajadores de Vale, subcontratados y residentes de la zona.

La Defensa Civil del estado señaló que fuerzas militares y bomberos continúan con las labores de búsqueda, pero por las difíciles condiciones del terreno (más de 15 metros de fango) se demorarán los resultados.

Los socorristas cuentan con el apoyo de máquinas pesadas y especializadas, así como de perros rastreadores.

‘Es un momento de paciencia. Son excavaciones, que tienen que tener método, tecnología y organización’, dijo a la prensa el teniente-coronel del Cuerpo de Bomberos, Anderson Passos Souza.

Con protestas en varios estados para exigir respuestas, se cumple este lunes un mes de la tragedia.

Los desechos alcanzaron el río Paraopeba y el Gobierno de Minas Gerais prohibió el consumo de agua por riesgo de contaminación.

Por la desventura, el Ministerio de Minas y Energía definió además una serie de medidas de precaución de accidentes en las cerca de mil represas existentes en el país.

Recientemente Vale informó al Ministerio Público del Trabajo que mantendrá el pago de dos tercios de los salarios de todos su empleados y subcontratados muertos.

Este desastre ocurrió tres años después del rompimiento de un depósito que compartían la empresa Samarco, una filial de Vale, y la angloaustraliana BHP en la localidad de Mariana, a unos 86 kilómetros de distancia de Brumadinho. Esa catástrofe cobró 19 muertos.

Prensa Latina


Realizan protestas en varios estados de Brasil a un mes de tragedia minera

Con protestas en varios estados para exigir respuestas, cumple este lunes un mes la tragedia en una represa en el noreste de Brasil que registra hasta el momento 176 muertes, 134 desaparecidos, comunidades sepultadas y familias destruidas.

El 25 de enero colapsaron los diques de un depósito de residuos minerales en el municipio Brumadinho, en el estado Minas Gerais, y un tsunami de lodo y barro arrasó con todo lo que encontró a su paso.

La catástrofe aún cubre de luto el corazón de los residentes de la zona que reclaman más explicaciones a las autoridades y a la empresa Vale, propietaria de la represa destruida.

Cientos de personas protestaron en Brumadinho y Belo Horizonte este domingo frente al museo de la minería, en la Plaza de la Libertad, y gritaron: ‘Somos todos alcanzados’.

Otras decenas de actos fueron convocados este lunes por todo el país.

La Agencia Brasil indica que las dificultades causadas por el lodo, junto a la lluvia intensa, aumentaron aún más la tensión en la búsqueda de víctimas.

Por estimación del Cuerpo de Bomberos de Minas Gerais, los trabajos de búsqueda y socorro deberán extenderse por tres a cuatro meses.

Los desechos alcanzaron el río Paraopeba y el Gobierno del estado prohibió el consumo de agua por riesgo de contaminación.

Por la desventura, el Ministerio de Minas y Energía definió una serie de medidas de precaución de accidentes en las cerca de mil represas existentes en el país.

La disposición prevé la extinción de los embalses llamados aguas arriba, exactamente como el que se rompió en Brumadinho, hasta el 15 de agosto de 2021.

Recientemente Vale informó al Ministerio Público del Trabajo que mantendrá el pago de dos tercios de los salarios de todos su empleados y subcontratados que murieron en la tragedia.

Según directivos de la empresa, que aún aseguran desconocer las causas del quiebre de la represa, el pago se mantendrá por un año o hasta que se cierre un acuerdo definitivo de indemnización.

Radio La Primerísima


Um mês do crime da Vale em Brumadinho (MG)

Há um mês, no dia 25 de janeiro, os moradores da cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, tornaram-se vítimas de uma das maiores tragédias socioambientais do mundo. O rompimento da barragem da mineradora Vale, no Córrego do Feijão, causou a morte de 179 pessoas. Trabalhadores, mães, pais, filhos e filhas, soterrados pela avalanche de lama tóxica, vítimas de um crime, mais uma vez, protagonizado pela maior mineradora do Brasil. Outras 134 pessoas ainda não foram encontradas.

Assim como os atingidos de Mariana (MG), vítimas do rompimento da barragem do Fundão, da Samarco, há mais de três anos, a falta de informações, a dor, o luto e a revolta, agora são parte do cotidiano dos moradores de Brumadinho, que denunciam, em meio a tantas vozes embargadas, que a Vale é responsável pelo desastre. Hoje, 30 dias após o crime, muitas famílias ainda sobrevivem com a angústia de não poder enterrar seus entes queridos.

A dimensão dessa tragédia anunciada, resultado de um modelo de mineração predatório adotado pela Vale e outras mineradoras que exploram territórios nacionais, é também ambiental. Não há mais possibilidade de vida no rio Paraopeba ou até mesmo em suas margens. Suas águas claras, após o crime da Vale, se tornaram um mar de lama.

Mais de 700 barragens são “de alto risco” no Brasil e outras 45 estão com as estruturas comprometidas. Quantas tragédias como a de Brumadinho e Mariana poderiam ser evitadas? Até quando tantas pessoas ainda serão vítimas desse modelo de mineração que privilegia o lucro em detrimento de todas as formas de vida?

Por Lu Sudré

25 de janeiro:

Barragem da Vale se rompe em Brumadinho, na Mina Córrego do Feijão, despejando 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos no rio Paraopeba.

26 de janeiro

Crime ambiental ganha repercussão internacional. A primeira contagem da tragédia indica 34 mortos, com 8 óbitos identificados, 23 feridos e mais de 250 desaparecidos.

Bombeiros recebem esforços de profissionais de outros regiões do sudeste, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Uberaba, além de integrantes da Força Nacional.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multa Vale no valor de R$ 250 milhões pela ruptura da barragem.

27 de janeiro:

Justiça mineira autoriza três bloqueios de recursos da Vale, no valor de R$ 11 bilhões, para ressarcir danos e perdas.

Com cerca de 130 soldados e oficiais reservistas, delegação israelense chega a Brumadinho, com dispositivos de sonar e drones, além de cães farejadores. Após cinco dias, retornam ao seu país ainda com as buscas em andamento.

29 de janeiro:

Documento da Agência Nacional das Águas (ANA), publicado em novembro de 2017, ganha notoriedade e revela que 723 barragens são “de alto risco” no Brasil. Outras 45 estão com as estruturas comprometidas.

Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) lança campanha com o intuito de arrecadar fundos para fortalecer a organização dos atingidos no local.

Familiares de desaparecidos em Brumadinho denunciam que sirene da Vale, que deveria alertar o rompimento da barragem, não foi acionada. Moradores reclamam da falta de informações sobre as buscas.

30 de janeiro:

Serviço Geológico Brasileiro (CPRMA) prevê que a lama tóxica chegará à região de Três Marias, onde se encontrará com a bacia do rio São Francisco. Ações começam a ser desenvolvidas para barrar o curso das águas.

Moradores do bairro de Parque da Cachoeira, que teve sua parte mais baixa soterrada, realizam assembleia e se organizam para reivindicar seus direitos e cobrar responsabilidade da mineradora.

Acampamento do MST às margens do rio Paraopeba sente os efeitos do rompimento da barragem, já que as águas foram contaminadas pelos rejeitos do minério de ferro.

31 de janeiro:

Atingidos pela Vale bloqueiam estrada contra atividade da mineradora Ferrous, em Serra Azul (MG), a cerca de 3 km de Brumadinho. Frente Brasil Popular denuncia intensificação das operações da empresa na região.

Moradores de Congonhas (MG) reivindicam o desativamento da Barragem Casa da Pedra, da Mineradora CSN, localizada acima dos bairros de Cristo Rei e Residencial. A Casa da Pedra foi classificada pela ANA como uma barragem de risco 6, o mais alto.

1 de fevereiro:

Sétimo dia após o rompimento da barragem é marcado por manifestações em diversos estados do país, cobrando a responsabilização da Vale pelo crime socioambiental, e em solidariedade às vítimas e familiares de desaparecidos.

2 de fevereiro:

Moradores de Brumadinho e voluntários expostos à lama começam a apresentar sintomas de contaminação como dermatite, vômitos e náuseas.

4 de fevereiro:

Análise da Fundação “SOS Mata Atlântica” confirma a morte do rio Paraopeba, contaminado pelos rejeitos da mineração. A lama tóxica chegou às águas do município de Pará de Minas, a 40 km de distância do ponto de rompimento.

8 de fevereiro:

Quinze dias após o crime de Brumadinho, duas outras cidades de Minas Gerais com barragens da Vale são parcialmente evacuadas diante do risco de novos rompimentos: Barão de Cocais, a 100 km de Belo Horizonte, e em Itatiaiuçu, na região metropolitana.

Ibama aplica multa diária à Vale de R$100 mil pela ausência de um plano de salvamento de fauna silvestre e doméstica, até que a empresa tome as medidas cabíveis.

12 de fevereiro:

Justiça torna pública a informação que a Vale já sabia desde outubro de 2018: documento da própria empresa indica que a barragem da Mina do Feijão e outras nove estruturas no estado de Minas Gerais estavam sob alerta, com iminência de rompimento.

13 de fevereiro:

Deputados e senadores protocolam pedido de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o rompimento da barragem da Vale.

17 de fevereiro:

Mais de 200 pessoas são evacuadas de São Sebastião das Águas Claras, distrito conhecido como Macacos, na cidade de Nova Lima (MG), pelo risco de rompimento da barragem B3/B4, da Mina Mar Azul, da Vale. Os moradores, levados para o centro comunitário da cidade, denunciam que a evacuação foi “caótica”.

19 de fevereiro:

MAB e população da região denunciam que, após quatro reuniões de negociação entre os atingidos e a mineradora, não houve nenhum avanço. Segundo moradores, a empresa não assume a responsabilidade pelo crime, cria um clima de divisão entre a população e apresenta propostas de apoio emergencial insuficientes.

20 de fevereiro:

Justiça determina que mineradora Vale deverá pagar um auxílio emergencial a todos os moradores de Brumadinho (MG) e de outras cidades, que tenham casas até 1 km de distância das margens do rio Paraopeba. Os atingidos devem receber R$ 1 mil por adulto, e R$ 300 por criança e adolescentes, durante 12 meses. Vale é afastada do processo de cadastramento das famílias que receberão a indenização.

25 de fevereiro:

Um mês após a tragédia, o número de mortos identificados chega a 179 e 141 vítimas seguem desaparecidas. Numero de moradores desabrigados

Brasil de Fato


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