Jornada de manifestaciones en 50 ciudades brasileñas contra la Copa del Mundo

Planalto vê protestos de hoje como termômetro para Copa

Sem-teto, grupos contrários à realização da Copa e outros movimentos sociais prometem fazer nesta quinta-feira (15) protestos simultâneos em pelo menos 50 grandes cidades do país.

As manifestações terão objetivos diversos, mas têm como ponto em comum a crítica, direta ou indireta, aos gastos públicos para a realização do Mundial no Brasil.

Será, por essa razão, um termômetro do que poderá acontecer durante a competição, avaliam autoridades de segurança do governo federal e especialistas que acompanharam de perto os protestos do ano passado.

Os protestos devem coincidir com greves de trabalhadores organizados por duas centrais sindicais.

As manifestações, marcadas sobretudo para as capitais que sediarão a Copa, irão definir a estratégia dos órgãos de segurança para essas ações durante o evento.

Segundo fontes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), da Presidência da República, o planejamento para a Copa poderá sofrer alterações a depender do comportamento e do poder de mobilização das manifestações desta quinta.

O GSI considera que, sem a adesão da classe média, como ocorreu nos protestos de 2013 pela redução da tarifa de ônibus, os movimentos podem não decolar.

Também vem sendo observada por eles a participação dos sem-teto.

O governo considera que o sinal de alerta deverá ser ligado caso as manifestações reúnam mais de 5.000 pessoas em cada uma das ações em São Paulo e no Rio.

EM CAMPO

Nas avaliações até aqui, com o desembarque da classe média dos protestos, o protagonismo vem sendo exercido pelos sindicatos e movimentos de moradia.

Uma possível boa campanha da seleção é apontada como fator que pode enfraquecer os movimentos –assim como uma eliminação precoce poderia fortalecê-los.

Professora de relações internacionais da Unifesp, que acompanha as manifestações em São Paulo desde o ano passado, Esther Solano diz que será uma espécie de “inauguração” da agenda formal de protestos anti-Copa.

Segundo ela, os grupos que protestam agora têm um grau de politização mais apurado do que os que participaram protestos do ano passado.

“Há coletivos mais organizados, como os comitês contra a Copa, entidades de classes trabalhistas que estão exigindo melhorias salariais e os movimentos de moradia. Todos devem estar nas ruas.”

Em São Paulo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promete bloquear avenidas nas regiões norte, sul e leste. Às 7h, manifestantes da ocupação Copa do Povo farão ato no entorno do vizinho estádio do Itaquerão.

A Polícia Militar de São Paulo não acredita na possibilidade de confronto, já que o líder do MTST, Guilherme Boulos, mantém contato frequente com o comandante-geral da PM, Benedito Meira.

À tarde, em várias cidades do país haverá o ato chamado de Dia Internacional de Lutas contra a Copa. Sindicatos ligados a duas centrais também farão atos. Na Força Sindical, 15 mil metalúrgicos de São Paulo devem parar fábricas.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/165972-planalto-ve-protestos-de-hoje-como-termometro-para-copa.shtml

 

A menos de um mês para a Copa, Brasil vive onda de paralisações e protestos

Desde segunda-feira (12), o Brasil vive um momento de paralisações, protestos e ameaças de greves em diversos Estados. Rodoviários, professores, servidores públicos da Saúde, Cultura e Transporte, funcionários de Consulados e Embaixadas, aeroviários, policiais civis e militares se mobilizam em, no mínimo, nove capitais. A maioria das reivindicações é por reajustes salariais e melhores qualidades no trabalho.

No Rio de Janeiro, rodoviários estão paralisados desde terça-feira (13). A reivindicação da categoria é por reajuste salarial e pelo fim da dupla função, onde motoristas também trabalham como trocadores. Em Belo Horizonte, a greve é de servidores públicos da Saúde e da Educação. Na segunda-feira (12), apenas 57 escolas municipais funcionaram, o que corresponde 30 % do total. No Distrito Federal, servidores do Ministério da Cultura aprovaram greve que começará na quinta-feira (15).

Nessa terça-feira (13), funcionários locais do serviços consulares do Brasil em 17 cidades dos Estados Unidos, Canadá e Europa iniciaram uma greve de 48 horas para pedir um plano de carreiras e salários e melhores condições de trabalho. Já os aeroviários do grupo Latam, em toda a América Latina, podem cruzar os braços caso acordos trabalhistas não sejam acertados nos próximos dias.

Em Recife, uma comissão independente de policiais e bombeiros militares decidiu cruzar os braços. Em Curitiba, policiais civis estão paralisados desde terça. No dia 21 de maio, os policiais civis, federais, rodoviários federais e militares ameaçam paralisar suas atividades em todo o país.

Na capital paulista, o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal-SP (Sinpeem) afirmou que manterá a greve iniciada no dia 23 de abril. Uma nova manifestação está marcada para quinta-feira (15), às 14 horas, em frente à Secretaria Municipal de Educação, de onde sairá em passeata até a sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá.

Funcionários da Ambev, maior empregadora do setor de bebidas do Brasil, ameaçam entrar em greve nacional durante a Copa do Mundo, caso a empresa não queira atender reivindicações sobre a prevenção e redução de acidentes de trabalho nas fábricas.

Além da onda de paralisações dos trabalhadores, nesta quinta-feira (15) serão também realizados diversos protestos contra a Copa do Mundo em vários Estados e também ao redor do mundo.

http://www.brasildefato.com.br/node/28513

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